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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Resgatando Momentos


Senhores e senhoras, crianças de todas as idades, vai começar O Maior Espetáculo da Terra!
Bom... Ocorreu um pequeno imprevisto... Vocês terão que se contentar com o autor deste Blog mesmo...
Mas já que estamos aqui, vamos seguir viagem nas loucuras e devaneios de sempre!
Como já é de hábito, faço posts a cada duas semanas (ou pelo menos tento) pelos motivos que eu simplesmente quero.
"Picaretágens" à parte, eu tenho material escrito para alguns posts.
Só que vou fazendo alguns conforme as coisas acontecem e os já escritos vão ficando na gaveta, ou pasta dentro do Meus Documentos, como preferirem.

Esse que virá em instantes é o primeiro conto que escrevi.
Na época que eu era somente um "Desocupado" que fazia posts em horário de trabalho.
Estava só esperando um momento de incrível ausência de acontecimentos para postá-lo.
E ele chegou, irmãos!
Então sem mais delongas: 
Senta que lá vem história!





Ô Segurança, segure!


Com a firmeza de um boneco de posto, estava lá Walter Snailman, novo segurança contratado pela Palmer Empreendimentos LTDA.
Na frente da recepção do prédio sede da multinacional, em seu primeiro dia no emprego.
Emprego esse conseguido graças à "um pequeno empurrãozinho" da sua cunhada que trabalhava no departamento de Ações comunitárias da Palmer.
Deixando um breve bico em uma padaria como limpador dos fornos, Walter agora estava com emprego fixo, peito erguido e uma total falta de noção sobre quais seriam as funções de um segurança...
"Proteger a empresa" pensou ele.
Mas... Proteger de que? Ou quem? Uma empresa multinacional de empreendimentos que domina ações de muitos produtos e marcas não deve ser assim um alvo tão cobiçado...
Segurando seu radio de comunicação com as mãos nas costas e fazendo sua cara de mau, que de fato seria a única coisa que Walter sabia sobre o cargo, ele passou assim seus primeiros 37 minutos.
Logo seguidos por uma amistosa conversa com o chefe da segurança, senhor Ruy Vargas, um senhor de 53 anos, porém não aparentando mais que 51, com uma vistosa e protuberante barriga que um dia nunca existiu no auge de sua juventude, onde desde o final de sua puberdade já exercia a função de segurança em um prédio do Banco Nacional.
Ruy passou todas as informações possíveis de se captar em algumas horas de treinamento para Walter em aproximadamente 5 minutos e algumas não captadas também.

Logo então, Walter já sabia que deveria prestar boas ações a pessoas perdidas pela recepção do prédio, verificar acesso de não autorizados, verificar o sistema de segurança interno do prédio durante 3 horas de seu turno as terças e quintas conforme sua escala, fazer a vistoria dos andares após fechamento do expediente e proteger a empresa de malfeitores e senhoras mal-intencionadas que se recusariam a passar pelo detector de metais, como ele já suspeitava do cargo.
Ficou sabendo também que a principal ameaça a segurança da empresa era um ex-funcionário, Ricardo Prestes Agnes. Que uma vez fora o zelador do prédio, passando rapidamente para vários cargos até chegar a Auxiliar de Almoxarifado, onde subitamente se revoltou contra o Gerente Geral da Palmer Empreendimentos por ter comido o ultimo pão de queijo da cozinha do prédio e resolveu tingir a água na caixa d'agua do prédio com uma tintura para roupas Ektacolor vermelho 386, causando alarde e confusão em todos os funcionários.
Walter, como segurança inteiramente capacitado há 20 minutos não sentiu muito fraquejar mediante seu novo inimigo, seguindo aproximadamente uma semana com a maior calma possível em seu novo serviço com carteira assinada.

Após a calmaria, vem a tormenta.
E em uma quinta-feira, durante um período de meditação profunda no qual Walter ponderava sobre como seria um mundo feito de palha de aço em seu turno de verificação do sistema de segurança. 
O atento segurança é acordado com o rádio que informa que Ricardo Prestes Agnes, O malfeitor, estava disfarçado dentro de um dos banheiros do prédio, mais precisamente no quarto andar, para mais uma de suas tentativas maléficas de prejudicar a Palmer Empreendimentos LTDA.
Prontamente uma equipe de três seguranças e um bombeiro se destinaram ao quarto andar, liderados pelo já experiente Walter, eles se dividiram subindo um por cada lado das escadas de incêndio do prédio e outros dois descendo por cada lado, se encontrando em duplas e abordando o meliante no mictório em questão.
Por um descuido do grupo e ato inesperado do astuto malfeitor, o grupo de elite da segurança esqueceu de verificar os elevadores do prédio, possibilitando uma fuga cinematográfica e ao som de músicas lounge no melhor estilo Kenny G.
Sem se abater e ao investigar o perímetro, um dos seguranças subordinados a Walter, Juan, Ramón ou algo assim descobriu o atentado cometido pelo ex-auxiliar de almoxarifado.
"Señor, yo encontré!" Dizia Javier, ou sabe-se lá como chamava o pequeno bigodudo.

-Central, Q.A.P. central, P.A.S.D. (dizia Walter juntamente com todas as outras siglas de segurança que aprendeu em seu treinamento e com a experiência de uma semana no cargo)
Central, Q.A.P.  podem cancelar o esquadrão anti-bombas, repito, cancelar esquadrão anti-bombas.

-O que aconteceu Walter, abateram o meliante? - em um tom semi-irônico vindo pelo rádio comunicador.

-N-Não, ele fugiu... - disse Walter.
Mas conseguimos chegar ao local antes que ele tivesse tempo de terminar seu atentado!
O meliante escreveu na parede do segundo box "Gosto de homens fortes. Colombina: 3628-7675. (e uma inacabada genitália masculina)" felizmente chegamos a tempo e ele não completou sua mensagem!!

Após momentos de tensão e adrenalina, Walter resolve tirar sua hora de janta...
Ao voltar para a sala da segurança Se depara com o gerente geral da Palmer com uma cara tão vermelha quanto como se tivesse acabado de voltar de uma semana de férias nas Bahamas que foi sem nenhum protetor solar na bagagem e ganho um pequeno câncer de pele de brinde inteiramente grátis.
Logo que adentra a sala, Esteban, o pequeno segurança bigodudo aponta para Walter "Señor, es el! El hombre de lo numero!!"
Os seguranças da Palmer resolveram ligar para o número da "Colombina" no banheiro masculino que Walter havia falado pelo rádio, somente como brincadeira.
Porém o número resultou sendo do Gerente Geral, mais um golpe bem aplicado de Ricardo Prestes Agnes.
O desprivilegiado Walter então sobe junto com o gerente para sua sala...

Um mês se passou após o fato do banheiro.
Vemos agora Ruy Vargas voltando de sua caminhada matinal e passando por sua padaria de costume.
"Empregado do mês... Eu conheço essa foto... Walter!"

-Ei, campeão! - Chamando o dono da padaria, que era um conhecido de longa data - Você que contratou o Walter?

-Sim, ele pediu o emprego de volta fazem mais ou menos uns vinte dias... É um bom funcionário, mas confesso que não sei o que aconteceu com ele.
Agora toda vez que vai ao banheiro escreve nas paredes sobre uma tal de Colombina e coloca um numero de telefone... 
Mas é um bom limpador de fornos.










É isso aí, crianças!
Espero que tenham se divertido com mais um conto, que por acaso não lembrava de ser tão longo.
Releiam, comentem, divulguem, façam deliciosos bolos e sejam felizes!
Aqui é Robinho Bravo:
Até o próximo e emocionante episódio!








Bem Desocupado Soundtracks: Now Playing - New Moon Rising - Wolfmother.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Momento Pascal

Ó, e agora... Quem poderá nos defenter?
Eu!
Bom, mas isso mediante um pagamento, sabe como é Doutor, preciso pagar o pó das crianças...
Enfim, vamos a mais um post incrível e totalmente sem nexo!
Como naqueles momentos em que estamos caminhando ou fazendo qualquer coisa e vem em nossas cabeças uma imagem de quando eramos crianças ou algo que não tem nada a ver.
Por esses dias estava caminhando a caminho da faculdade quando pensei no seguinte:
"Se Deus é brasileiro... Jesus é paulista, já que caminha sobre as águas." 
Como todos nós em dias de chuva, coisa que vem acontecendo ultimamente.
J. Cristo esse que completou "aniversário de renascimento" ontem, data essa conhecida como "páscoa".
Que gerou mais um conto sem precedentes ou noções.
Ao contar a idéia inicial para minha garota recebi o seguinte comentário:
- Sim, você viaja muito! ("É louco!" ou algo assim, não lembro exatamente a frase).
Mas essa é a idéia, liberdade poética!
Bom, sem mais delongas...
Senta que lá vem história!





Coelhinho, se eu fosse como tú...

Bom garoto, você já me conhece.
Então me vendo deve imaginar que minha vida nem sempre foi assim.
Eu, Horácio, nasci destinado à uma profissão!
Coisa de família, sabe?
Vendo meu pai fazer esse trabalho sabia que um dia seria minha vez de substituí-lo.
De antemão aprendi tudo que poderia sobre essa arte. E lá estava eu, no dia da minha nomeação, muito feliz e admito que nervoso. 
Mas não muito, afinal, o que são três desmaios seguidos hoje em dia?
Então ouvi as palavras que esperei por 23 longos anos:

- E o novo Coelho da Páscoa é: Horácio Néves!

Muito modesto, eu estava muito orgulhoso de mim mesmo, também sentia orgulho no lugar de meu pai, minha mãe, meus sete irmãos e nossos nove tios.

O começo foi meio complicado, vários workshops para aprender a botar os ovos de maneira indolor.
Mas meu trabalho era relativamente fácil durante a maior parte do ano, simplesmente desenvolvia novas técnicas e receitas para ovos.
Modéstia à parte, eu fui o melhor coelho que a corporação já teve!
Desenvolvi chocolates tão doces que se fossem comercializados precisariam aumentar o total máximo de açúcar de um alimento de 100% para 132%.
Alguns dos meus chocolates tinham propriedades de alteras estado de consciência ou mesmo curar pequenas enfermidades.
Eu era praticamente um mago dos chocolates de páscoa e minhas entregas de ovos eram as mais rápidas e eficientes que se já teve notícia.
Consegui viver nessa utopia por alguns 15 anos...

No ano fatídico, durante os meses que antecederam a páscoa, os grandes conglomerados alimentícios resolveram pensar "E se nós fabricarmos ovos de chocolate em grande quantidade para vendê-los por um preço três vezes maior do que vale seu peso?".
Foi então que as fábricas começaram a produção, contrataram mão de obra de coelhos chineses e bolivianos que trabalhavam pela metade do preço e por muito mais tempo clandestinamente...

Eu estava desempregado...
Sem poder competir com o mercado capitalista que foi criado...
Com diabetes devido aos anos de consumo excessivo de chocolate...
E devendo muito dinheiro para traficantes de confeitos... (Com o tempo desenvolvemos vícios, eu tinha uma pequena queda em relação a brigadeiros coloridos.)

Mas recuperei as rédeas de minha vida!
Usei minhas finais economias para comprar esta Van e começar a vender sanduíches na porta de festas, jogos de futebol e instituições de ensino.
Agora ganho meu dinheiro honestamente e fazem sete anos que estou longe dos chocolates!

A propósito, um dog e um refri, são 3,50!
Pode pagando, rapaz!
Fica aí de conversa, mas ainda tem que pagar a conta!










Agora sim!
Todos podemos comprar 300g. de chocolate por 20 reais!
Mas tem formato de ovo, então tudo bem!
Vamos todos comprar ovinhos, ficar gordinhos e felizes.
Bom, esse foi mais um momento de devaneios e viagens de uma cabeça que não consegue parar muito.
Logo estaremos de volta com mais!
Até próximo e emocionante episódio!






Bem Desocupado Soundtracks: Now Playing - Rebel Rebel - David Bowie.